terça-feira, 25 de maio de 2010

Vício em jogos de computador é semelhante ao do álcool e cannabis


Os jogos de computador em excesso viciam tanto o cérebro como o álcool ou a cannabis, defendem especialistas da Charité University Hospital Berlin que demonstram ainda que os efeitos de recompensa são fomentados pela libertação de dopamina.
Ao que parece é preciso ter o máximo cuidado com o tempo que uma criança ou um adolescente passa em frente a um computador. Psicólogos da Interdisciplinary Addiction Research Group, na Charité University Hospital Berlin, Alemanha, apresentam resultados de um estudo que indica que os mecanismos de dependência dos jogos de computador no cérebro são semelhantes aos provocados pelo vício de drogas como a cannabis e álcool.
Os especialistas desenvolveram uma pesquisa de grandes dimensões que envolveu 7000 jogadores de computador, os quais foram divididos por dois grupos: aqueles que jogam de forma moderada e os que o fazem de forma excessiva.
Com base em estímulos visuais de uma imagem comum e de uma imagem de um jogo de computador e um estímulo sonoro "assustador", os cientistas analisaram as actividades cerebrais dos indivíduos com base em medições realizadas através de Electroencefalograma (EEG) e Electromiograma (EEG).

Os dados do estudo indicam que o cérebro dos jogadores excessivos quando expostos à imagem sobre o jogo apresentaram um aumento de actividade cerebral comparativamente com a imagem comum. Por outro lado, assustaram-se muito menos com o barulho enquanto assistiam a cenas do jogo. Resultados que indicam que os jogos de computador provocam associações positivas cerebrais nestes indivíduos.

«As reacções do cérebro de pessoas que jogam computador excessivamente são semelhantes às das pessoas viciadas em álcool e cannabis», explica Ralf Thalemann, investigador envolvido no estudo. O especialista acrescenta que, «em suma, pode-se dizer que os padrões do EEG e EMG dos jogadores excessivos de jogos de computador e dos viciados em álcool e cannabis são comparáveis. O sistema de recompensa é activado e experiências positivas são armazenadas numa "memória viciada" no cérebro».

Os especialistas indicam que os jogos de computador são geralmente divertidos e, por isso, apresentam uma sensação de recompensa para o indivíduo. No entanto, quando a prática é recorrente, a sensação de recompensa também o é, logo o cérebro é sujeito repetidamente a este estímulo de recompensa, que o faz libertar o neuro-transmissor dopamina que provoca felicidade à semelhança de drogas viciantes.
De acordo com os dados obtidos através do estudo, este estímulo de recompensa e libertação de dopamina acabam por criar, aquilo a que os cientistas denominaram, "memória viciada", sendo que esta situação ocorre em mais de um jogador em cada dez.

Por: Sónia Casado

Distúrbios Alimentares na Adolescência


A alimentação é um dos factores que mais interfere na nossa saúde, por isso uma boa alimentação deve ser equilibrada, completa, variada, que inclua o elemento mais vital do organismo, a água, e com os nutrientes adequados a cada organismo e saúde.
O que são Distúrbios Alimentares?
São doenças psiquiátricas estando na sua origem a interacção de factores psicológicos, biológicos, familiares e socioculturais. Caracterizam-se, fundamentalmente por alterações significativas do comportamento alimentar. Ocorrem predominantemente nos países industrializados, tendo uma incidência menor nos países pouco desenvolvidos e fora do mundo ocidental. Afectam sobretudo as mulheres jovens.

A importância relativa das influências socioculturais, biológicas, psicológicas e familiares e a forma como interagem entre si pode ser diferente consoante o período de desenvolvimento do jovem, influenciando o aparecimento ou não do distúrbio alimentar e a sua cronicidade.

Sabe-se que não se deve a modas, mas que a pressão cultural para a magreza, a insatisfação e a preocupação com o peso podem contribuir,
juntamente com outros factores, para um aumento da vulnerabilidade, que por sua vez pode levar á tomada de decisão de iniciar uma dieta. É pertinente referir que a dieta só por si não constitui uma condição suficiente para o desencadear de um distúrbio alimentar, mas é uma condição necessária, dado que não existem distúrbios alimentares sem dieta.

Manifesta-se como anorexia, bulimia, desnutrição ou obesidade. No tocante à desnutrição, é preciso tornar claro que tão-somente a gerada por uma disfunção ou desequilíbrio psicossomático do indivíduo deve ser qualificada como "disfunção alimentar". Essa observação é necessária para distingui-la da forma desnutricional que não foi, por assim dizer, escolhida pelo indivíduo, mas, sim, engendrada, de ordinário, por um complexo cultural-económico-político-social, do qual aquele (o desnutrido) é vítima. Pode-se chamar desnutrição exógena a essa forma engendrada de fora para dentro, enquanto desnutrição endógena será a causada a partir do indivíduo.
Devido às idiossincrasias da adolescência, mostram as estatísticas que essas disfunções alimentares são mais freqüentes nessa faixa etária, quase sempre associadas a algum quadro de disfunção emocional, na dinãmica da família, da escola, do trabalho — enfim, da vida social. Contudo, outras faixas etárias também mostram incidência dessa disfunção alimentar.
Factores como cultura, etnia, idade, entre outros, estão entre as características dessa ocorrência.
Quase sempre essas formas inter-transmutam-se, não raro estão associadas, podendo um quadro de anorexia conjugar-se com outro de bulimia etc — e vice-versa - o que constitui agravante de complexidade na correta abordagem terapêutica do caso.

Sintomas e outros Sinais de Alerta
• Emagrecimento
• Cuidado excessivo com a alimentação
• Desculpas para não comer ou comer sozinha
• Isolamento, alterações de humor e Agressividade
• Excesso de exercício físico
• Vómito e uso de laxantes
• Atitude demasiado crítica quanto à sua imagem
• Perda da menstruação

Tratamento
O tratamento é multidisciplinar, isto é, envolve a recuperação do peso normal com acompanhamento nutricional e médico, a eliminação das causas psíquicas através de apoio psicológico e a prevenção da recaída, sobretudo pelos familiares mas com apoio de psicólogos. Em casos graves pode ser necessária hospitalização.
Contudo, todos eles podem ser tratados com sucesso, com competente cuidado médico, nutricional e psicológico, incluindo-se a hipnoterapia.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Hip-Hop


Hip Hop não é um estilo de música, ao contrário do que muitos possam pensar. É acima de tudo, um estilo de vida. Tudo dentro do Hip Hop tem a ver com a afirmação de uma identidade esmagada pelo peso de uma grande cidade. O mesmo se passa nas outras disciplinas que compõem esta comunidade. Esta forma de expressão entende-se dentro do que o "dj" faz, dentro do que o "raper" faz, a afirmação constante do seu nome, do que o "breakdancer" faz no meio da rua em cima de um pedaço de cartão, e também do que o graffer faz, o seu "tag", que não é mais que a sua assinatura espalhada por todas as ruas. São maneiras diferentes de dizer ao mundo que se existe, e pontuar pela cidade os seus próprios caminhos.
No início dos anos 80 as políticas do "Reganismo" limitaram o ensino de música nas escolas, e assim uma série de jovens passaram a fazer, eles próprios, essa aprendizagem. Este é um tipo de música muito urbana que dirá qualquer coisa a quem quer que sinta o pulsar da cidade... É o resultado de um processo democratizante, acessível a músicos e a não músicos, é uma música com códigos rítmicos muito específicos, que qualquer pessoa com o equipamento certo pode aceder.
Deste universo do Hip Hop fazem parte mais quatro disciplinas fundamentais: o graffiti, o dee-jaying, o m-siing e o breakdance. Entre o graffiti e o breakdance há uma ligação muito profunda à comunidade latina dos EUA. Tudo começou com os murais latinos do tempo dos aztecas que sempre foram uma grande forma de expressão dentro da comunidade latina. O próprio breakdance surgiu como uma forma de evitar as batalhas entre diversos gangs de Nova Iorque. Era preferível o convívio, a dança para eleger um bom bailarino, às guerras e lutas que muitas vezes terminavam em banhos de sangue...
Em Portugal o Hip Hop está de muito boa saúde!! Nem todas as pessoas vêm com bons olhos o estilo de vida que os adeptos do Hip Hop levam. São descriminados pelas roupas que usam, (calças largas a arrastar no chão, com bolsos de lado, t-shirts por cima de t-shirts, bonés de pala ao lado e ténis com atacadores das mais fluorescentes cores...), pela linguagem que utilizam, pela própria música que ouvem e claro está, pelos desenhos que fazem ao longo das paredes e muros das cidades e vilas. Isto acontece com o Hip Hop da mesma forma que há uns anos atrás acontecia com os metálicos que eram vistos de forma estranha, tal como também acontece ainda com os surfistas. As pessoas ao verem nesses códigos uma forma de diferença imediatamente se vão afastando deles e a eles próprios.

Por: Sónia Casado

terça-feira, 2 de março de 2010

Publicidade enganosa


A publicidade enganosa consiste na publicidade que, por qualquer forma, incluindo a sua apresentação, induz em erro ou é susceptível de induzir em erro as pessoas a quem se dirige ou que afecta e cujo comportamento económico pode afectar, em virtude do seu carácter enganador ou que, por estas razões, prejudica ou pode prejudicar um concorrente.
A fim de determinar se a publicidade é enganosa, há que ter em conta todas as suas características. Em particular, por exemplo, as informações sobre a natureza do produto, a disponibilidade, a composição, o preço ou a quantidade do mesmo, os resultados que a sua utilização deverá propiciar, os resultados dos testes efectuados, a identidade ou as qualificações do anunciador, etc.
Com vista a protegê-lo da publicidade enganosa e dos respectivos efeitos nefastos, a União Europeia definiu normas comuns aplicáveis em toda a União.
Em síntese, a publicidade enganosa consiste na publicidade que, por qualquer forma, incluindo a sua apresentação, induz em erro ou é susceptível de induzir em erro as pessoas a quem se dirige ou que afecta e cujo comportamento económico pode afectar, em virtude do seu carácter enganador ou que, por estas razões, prejudica ou pode prejudicar um concorrente. A fim de determinar se a publicidade é enganosa, há que ter em conta todas as suas características. Em particular, por exemplo, as informações sobre a natureza do produto, a disponibilidade, a composição, o preço ou a quantidade do mesmo, os resultados que a sua utilização deverá propiciar, os resultados dos testes efectuados, a identidade ou as qualificações do anunciador, etc.
Note-se que a publicidade pode ser considerada enganosa do ponto de vista do conteúdo e da apresentação da mensagem. É o caso, por exemplo, se recebe uma brochura publicitária cuja apresentação geral o leva a pensar que ganhou dinheiro ou um brinde, quando não é esse o caso.
Se foi vítima de publicidade enganosa, é bom que saiba que, além da possibilidade de indemnização por danos em conformidade com as legislações nacionais dos Estados-Membros, as disposições comunitárias obrigam os Estados-Membros a adoptar medidas adequadas e eficazes de controlo da publicidade enganosa a fim de proteger os interesses dos consumidores, dos concorrentes dos profissionais em causa e do público em geral.

Por: Ana Medeiros

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Argumentos contra a pena de morte


Ser contra a pena de morte tem de ser uma questão de princípio. Não é suficiente esgrimir o argumento da possibilidade de erro, muito embora, pela relação directa com a realidade, esse seja o mais palpável. Evidentemente, condenar um inocente é sempre uma injustiça que afecta a vida da pessoa em causa, neste caso, de forma irreparável. Também quando o erro não pressupõe uma consequência tão grave como a morte se pode perceber que a vida das pessoas fica indelevelmente alterada e que os danos sofridos dificilmente são ressarcidos. Mas no caso da pena de morte não há qualquer forma de sequer tentar reparar o erro cometido. Este facto, por si só, devia ser suficiente para afastar esta medida dos códigos penais. Porque não há sistemas infalíveis e o preço a pagar pelos erros é demasiado elevado. Tão elevado que é impossível pagá-lo.
Mas a questão de princípio mantém-se. Mesmo que se pudesse atingir um sistema perfeito, com agentes perfeitos e leis perfeitas, ficava a questão da legitimidade. Esta deve ser a questão central para quem não defende a pena de morte. O Estado não tem o direito de dispor da vida dos seus cidadãos desta maneira. Ao Estado não compete, como não compete a ninguém, tirar a vida aos seus membros, qualquer que seja a justificação. O Estado é um promotor do bem-estar dos seus cidadãos, incluindo os que se guiam por códigos de conduta altamente desviantes. As medidas resultantes da acção policial e judicial não podem constituir atentados à dignidade e à integridade física e psicológica dos seus alvos. A preservação da dignidade e da vida devem ser princípios fundamentais respeitados pelo Estado. Até porque uma das melhores formas de exigir um determinado comportamento é servir de modelo.

De: Nancy Santos

Consumo de drogas


Todo o uso de drogas, licitas ou ilícitas, têm consequências que em alguns casos podem ser insignificantes e negligenciáveis mas que em outros casos assumem proporções bastante graves. Um simples copo de vinho, ou um charro, podem ser o objecto de uma primeira experiência que pela repetição pode ter efeitos graves num futuro mais ou menos distante, ou mesmo durante o período em que se está sob a sua influência.

O síndroma de abstinência consiste na existência de determinados sintomas principalmente fisiológicos mas também psicológicos resultantes da interrupção abrupta ou diminuição acentuada do consumo de uma substância. As células nervosas ficaram habituadas à administração de grandes quantidades do neurotransmissores artificiais e o corpo habituado a presença da substância reage à modificação.

A dependência psicológica - é um atributo do uso abusivo de todas as substâncias, consistindo na sensação experimentada pelo consumidor de que necessita da substância para atingir um melhor nível de actividade ou uma sensação de bem-estar superior, recorrendo por isso de forma quase sistemática ao seu consumo.

A dependência física - existe quando o organismo se adaptou fisiologicamente ao consumo habitual da substância, verificando-se com a interrupção ou diminuição acentuada do consumo os sintomas característicos do síndroma de abstinência específicos da substância em causa. Este tipo de dependência estará associado principalmente ao reforço negativo.

DE: Nancy Santos

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Favelas são atraidas por turistas


As favelas atraem o estrangeiro porque materializam uma utopia que eles nutrem sobre os trópicos, que acreditam ser um lugar onde as pessoas não trabalham nem têm preocupações materiais, vivem em comunidade e ocupam-se apenas da satisfação dos instintos básicos, como fazer amor, beber, comer e dançar samba. Enquanto não levarem um tiro, vão acreditar nisso. De resto, esta glorificação das favelas como sendo o núcleo profundo do Brasil vem desde o Estado Novo e sua busca por raízes e "coisas nossas". Daí também saiu o samba, promovido a suprema manifestação cultural brasileira e origem do actual problema do turismo sexual. Enfim, o recado era este: o "verdadeiro" Brasil estava nas favelas e vivia para o Carnaval, os demais brasileiros seriam não mais que uma elite colonizada. Ah, sim: também das favelas vêm os jogadores de futebol.
Entre 1991 e 2005, a população favelas cresceu 45%, três vezes mais do que a média do crescimento demográfico do país.
A situação é tão dramática, que o Rio de Janeiro, segundo a ONG Observatório das Favelas, já tem favelas estratificadas, divididas em regiões pobre e “não tão pobres” (a Rocinha tem um nível de vida bem superior à algumas do Complexo do Alemão, por exemplo).

Por: Nancy Santos